Investimentos que vão melhorar o fornecimento de energia e favorecer a geração de empregos foram anunciados em Governador Valadares
O governador Romeu Zema e o diretor-presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho, lançaram, nesta quinta-feira (23/09), o Programa Mais Energia, que consiste na construção de 200 subestações de distribuição de energia em diversas regiões do Estado até 2027. O lançamento aconteceu em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, onde está sendo construída a nova Subestação Governador Valadares 5, importante obra de reforço do sistema elétrico da região que será entregue no início de 2022 e beneficiará 100 mil clientes da Cemig.
As entregas irão garantir a ampliação do fornecimento de energia para novas cargas e melhorar a confiabilidade do sistema elétrico para a população, possibilitando a geração de emprego e renda em todas as regiões de Minas Gerais. Serão investidos R$ 5 bilhões na construção das novas instalações e linhas de alta tensão para conectá-las à rede de distribuição, além de obras de reforços nas redes de média tensão na área de concessão da empresa. Essa ação integra o maior plano de investimentos da história da Cemig, que prevê R$ 22,5 bilhões investidos nos próximos anos.
O Mais Energia aumentará consideravelmente o número de subestações no Estado, passando das atuais 415 para 615 unidades até 2027. Atualmente, 30% das subestações da Cemig possuem restrição de cargas. Com as novas subestações, a previsão é de que este número seja zerado até 2027, acabando com a demanda reprimida por energia em Minas Gerais. Isso porque haverá a injeção de aproximadamente 5 mil MVA (Mega VoltAmpére) de potência no sistema elétrico, mais de 50% da atual capacidade instalada.
De acordo com o governador Romeu Zema, o Governo de Minas está conduzindo um processo para que o mineiro volte a ter energia em quantidade e qualidade, como é necessário para um Estado se desenvolver. “Desde o início do nosso governo temos tentado reverter esse quadro, mas como são obras gigantes que levam meses ou até anos, esse processo vai levar um tempo para amadurecer. Mas em 2021 muitas dessas subestações serão concluídas, até o final do ano que vem quase a metade, e o restante a partir de 2023. Isso significa que Minas Gerais deixará de ter como fator que restringe o desenvolvimento o fornecimento de energia elétrica”, explicou.
Até o final deste ano, já estarão energizadas 22 subestações. No fim de 2022, serão 80. Atualmente, seis dessas novas instalações, mais modernas e potentes, já foram entregues. São elas: SE Bocaiúva (Região Norte), SE São Bento Abade (Sul), SE Varjão de Minas e SE Serra do Salitre (Triângulo), SE Nova Serrana 1 (Oeste) e SE Machado Mineiro (Leste).
Energia de qualidade e geração de empregos
De acordo com Reynaldo Passanezi Filho, o Mais Energia reforça o compromisso da Cemig em garantir e melhorar a continuidade do fornecimento de energia, favorecer o desenvolvimento da atividade econômica em Minas Gerais e melhorar a satisfação dos clientes com a Companhia.
”O Mais Energia tem como objetivo melhorar a qualidade do serviço prestado aos nossos mais de 8,7 milhões de clientes, de forma eficaz, segura e integrada. A meta da Cemig é ser líder no setor de distribuição de energia no Brasil em experiência e satisfação na opinião dos clientes. De acordo com avaliações realizadas pela Companhia, cada nova subestação, em conjunto com as linhas de distribuição associadas, diminui em torno de dez vezes o risco de interrupção de energia, quando comparado ao sistema elétrico anterior, antes da entrada em operação das novas instalações”, afirmou. Ainda segundo Passanezi, o Mais Energia será fundamental para o fortalecimento da economia mineira, possibilitando novos investimentos no Estado e criando postos de trabalho.
“Os investimentos trarão muitos benefícios para a população, como mais energia disponível para o crescimento dos negócios, atendendo às demandas do comércio e da indústria, além de conexão de usinas solares e a ampliação do agronegócio, com geração de emprego e renda para os mineiros. Também proporcionará a redução de interrupções de energia para clientes urbanos e rurais, entregará redes mais seguras para evitar acidentes com choque elétrico, além de fontes de energia mais robustas”, destacou o diretor-presidente da Cemig.
O plano prevê ainda o atendimento de todos os municípios com dupla alimentação em média tensão, a construção de 3.100 quilômetros de novas linhas de alta tensão e a substituição de todas as estruturas de madeira de alta tensão ainda existentes por outras de material mais moderno e resistente.
O Mais Energia também visa aumentar a possibilidade de novas conexões de fontes de produção de energia renováveis, como as de usinas fotovoltaicas e eólicas, tornando o sistema de geração cada vez mais robusto e limpo, principalmente neste cenário de crise hídrica em que novas fontes geradoras se fazem extremamente necessárias.
Foco nos mineiros
Os R$ 5 bilhões investidos por meio do Mais Energia integram o maior plano de investimentos da história da Cemig: serão R$ 22,5 bilhões aplicados até 2025 em geração, transmissão e distribuição de energia, geração distribuída e comercialização de gás. Ao contrário de anos anteriores, esses investimentos têm como foco a melhoria do serviço prestado em Minas Gerais. Apenas no sistema elétrico de distribuição, que atende mais de 8,7 milhões de clientes, serão R$ 12,5 bilhões em investimentos na modernização da rede, de forma a induzir o desenvolvimento econômico em Minas Gerais.
Melhoria contínua
Mesmo antes do lançamento do Mais Energia, os clientes da Cemig já vêm sendo beneficiados com a melhoria contínua do DECi, índice que representa o tempo médio de interrupções no fornecimento de energia. No período de julho do ano passado a junho deste ano, o índice foi de 9,46 horas, abaixo do registrado em 2020, de 9,57 horas e o menor da história da Cemig. Agora, com as novas subestações, a expectativa é que esse índice evolua ainda mais.
As subestações são fundamentais para esse bom resultado. As instalações são reponsáveis por receber a energia gerada em alta tensão pelas usinas e transformar em uma tensão compatível com com os grandes centros urbanos e áreas rurais. Dessa forma, fazem a distribuição para os clientes, por meio de circuitos alimentadores nas ruas, avenidas, estradas e nos campos ao longo de todo o Estado.