Polícia prende homem considerado maior falsificador de documentos de Minas

A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira (7/10), em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, um  homem de 29 anos, apontado como o maior falsificador de documentos de veículos de Minas Gerais. O suspeito, que agia sozinho, foi preso em casa, no momento em que ele confeccionava documentos falsos que seriam repassados a golpistas. Segundo a Polícia Civil, tais documentos seriam também entregues a quadrilhas de falsificadores de todo o país. O homem, que já tinha sido preso por falsificação, tinha um escritório em casa somente para fazer as falsificações. Neste local, os policiais encontraram papel-moeda, centenas de espelhos de cédulas de identidade, Carteiras Nacionais e Habilitação (CNHs), Certificados de Registro de Veículos (CRVs) de todos os estados brasileiros, comprovantes de residência,  contracheques e um maquinário diversificado para produção desses documentos.

Já algum tempo que a Polícia Civil vem trabalhando nesse caso. Em junho, teve início uma investigação para tentar chegar ao que se supunha ser uma quadrilha que agia com fraudes envolvendo instituições financeiras e locadoras de veículos.

A qualidade dos documentos falsificados chamou a atenção dos investigadores.  “No momento da prisão o homem foi cooperativo, apresentou todo o material. Ainda vamos investigar toda a dinâmica do crime, como eram conseguidos os dados particulares das vítimas, para a confecção dos documentos”, diz o delegado Leandro Mota.

As investigações apontaram que o falsificador dispunha de um esquema robusto a seu favor. O material que usava, por exemplo, é de difícil obtenção. Não por acaso, ele tinha como clientes golpistas e grupos criminosos em todo o país.

Devido à qualidade dos documentos falsos, e à semelhança com os originais usados pela polícia, principalmente, criminosos conseguiam, por exemplo, fazer empréstimos bancários, com nomes falsos, ou de terceiros, alugar veículos, cometer crimes de falsidade ideológica, estelionato, entre outros.

O falsário agia não só com a falsificação de documentos de veículos. Uma outra atividade do suspeito era confeccionar documentos para fugitivos da lei. “A qualidade dos papéis utilizados são muito semelhantes com os originais”, diz outro delegado, Domiciano Monteiro.

 

As investigações terão continuidade com o objetivo, segundo os delegados, de descobrir quem era o fornecedor de matéria-prima para o falsificador. “Eram papéis de muito boa qualidade”, diz o delegado Domiciano Monteiro. “Neste momento, ainda estamos nos aprofundando no caso. O homem não quis fornecer nenhuma informação espontâneamente. Só disse que possui um vasto conhecimento em informática.”

As pessoas que adquiriram documentos falsos atrás desse falsificador, também estão sujeitos às punições da lei. Infringiram o Artigo 304 do Código Penal Brasileiro, uso de falsificação, com pena de  dois anos de prisão.

Informação Jornal Estado de Minas

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