Taxa de transmissão da covid-19 volta a subir no Brasil

A taxa de transmissão do novo coronavírus no Brasil voltou a subir nesta semana e está em 1,06, de acordo com a última atualização do Imperial College de Londres, realizada na segunda-feira, 22. Na semana passada, o índice havia ficado em 0,99.

A atual taxa quer dizer que cada 100 pessoas infectadas transmitem o vírus para outras 106. Pela margem de erro das estatísticas, essa taxa pode ser maior (de até 1,12) ou menor (de 0,78).

A menor taxa registrada no país desde o início da medição, em abril de 2020, foi em outubro deste ano, quando foram registrados 11.060 mortes pela doença.

Apesar de a taxa de transmissão voltar a subir, o Brasil tem mantido a tendência de queda no número de casos e óbitos pela covid.

Cuidados devem ser mantidos

Dados mais recentes do Ministério da Saúde mostram que foram aplicadas 297,9 milhões de vacinas contra a covid-19 em todo o Brasil, sendo 157,3 como primeira dose, 128,4 como segunda dose ou dose única e 11,5 como dose de reforço.

Com isso, quase 61% da população brasileira está totalmente imunizada contra com o esquema vacinal completo. Porém, os especialistas alertam que os cuidados, como o uso de máscaras e distanciamento, não devem ser abandonados.

Preocupação com o Carnaval

A diretora-geral adjunta de acesso a medicamentos e produtos farmacêuticos da Organização Mundial da Saúde (OMS), a médica brasileira Mariângela Simão, manifestou preocupação com o futuro da pandemia no Brasil, principalmente por conta das discussões em curso sobre o Carnaval.

“Me preocupa quando vejo no Brasil a discussão sobre o Carnaval. É uma condição extremamente propícia para aumento da transmissão comunitária. Precisamos planejar as ações para 2022”, alertou.

Ela reforçou que ao vírus continua evoluindo com variantes mais transmissíveis e lembrou que a vacinação reduz as hospitalizações, mas não interrompe a transmissão da doença.

“O aumento da cobertura vacinal não influencia na higiene pessoal, mas tem associação com diminuição do uso de máscaras e distanciamento social. Além disso, há desinformação, mensagens contraditórias que são responsáveis por matar pessoas”, apontou a diretora-geral adjunta da OMS.

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