Adolescente do E.S que planejava ataque em escola, mantinha conversas com mineiro é descoberto em operação policial

Investigação foi iniciada pelo Serviço Secreto americano, que acionou Brasília e chegou às polícias civis de três estados, incluindo o ES. O adolescente disse à polícia que começou a planejar os ataques após tirar notas mais baixas.

Uma operação que envolveu as polícias civis dos estados do Espírito Santo, Pará e Minas Gerais, além do Ministério da Justiça e até o Serviço Secreto americano cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa de um adolescente de 13 anos, morador de Cariacica, na Grande Vitória. De acordo com investigações, o jovem planejava realizar atentados em escolas.

De acordo com a Polícia Civil, o menino começou a planejar os ataques após tirar notas mais baixas na escola.

A ação foi realizada na manhã de quinta-feira (2). Segundo a Polícia Civil, em conversas pela internet, o menino dizia que planejava comprar armas e que havia montado um esquema para juntar dinheiro e realizar os ataques em até dois anos.

De acordo com o delegado titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), Brenno Andrade, o adolescente possui problemas psicológicos. Ele disse aos policiais que, se não matasse alguém, tiraria a própria vida.

“A gente identificou ali que de fato seria um problema psicológico. A gente lida com muitos criminosos, mas nesse caso trata-se de um transtorno. Orientamos os pais, que nos agradeceram, pois não sabiam o que estava acontecendo com o adolescente”, disse o delegado.

O menino está sendo investigado por incitação e apologia ao crime e será encaminhado para a Vara da Infância e da Juventude de Cariacica. Na operação, a polícia apreendeu o celular e uma arma de fogo falsa.

A operação foi coordenada pela Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (SEOPI-MJSP) através do Laboratório de Operações Cibernéticas (CIBERLAB). Ela contou ainda com a participação do Serviço Secreto da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília/DF e da Homeland Security Investigations – HSI.

Segundo as investigações, o menino conversava pela internet com uma pessoa em Minas Gerais, arquitetando o plano de realizar atentado em escolas. Trata-se de outro adolescente, de 15 anos, que também foi procurado nesta quinta-feira pela Polícia Civil de Minas Gerais.

A conversa se iniciou em outubro deste ano e envolvia também um homem de 21 anos, do Pará.

A identificação inicial das conversas foi feita pelo Serviço Secreto americano, que acionou o Ministério da Justiça no Brasil. Através de Brasília, a Polícia Civil do Estado foi comunicada e iniciou as investigações locais, até culminar no cumprimento do mandado na casa do jovem.

“Vimos que se tratava de um adolescente que tinha um comportamento social aparentemente normal, mas tinha esse pensamento suicida e homicida. Os pais nos agradeceram por possibilitar que eles pudessem tomar as providências psicológicas e psiquiátricas com esse adolescente. E falaram que, se não fosse a gente, só saberiam do problema quando, infelizmente, ele atentasse contra a vida das pessoas ou contra a sua própria vida”, disse o delegado.

Notas baixas na escola motivaram plano

O menino falou com a polícia que a ideia de realizar um atentado surgiu quando suas notas na escola, que eram muito altas, começaram a cair. As notas, segundo o delegado, não eram baixas, mas o padrão do adolescente era alto. E a partir daí, ele teria começado a ter esse pensamento de praticar o atentado.

“Os pais falaram que o único problema aparente do menino era ficar muito no celular. Por isso, destacamos que a fiscalização dos pais, pelos interesses dos filhos, é muito importante, pois os pais podem pensar que o jovem não está fazendo nada, quando na verdade pode estar arquitetando um atentado ou conversando com um pedófilo”, destacou Brenno.

O delegado disse que o menino deverá ter acompanhamento especializado e que espera que o trabalho tenha evitado um futuro atentado.

Fonte. TV Gazeta

Pela internet, menino de 13 anos manifestava a vontade de comprar arma para realizar ataque — Foto: Reprodução/TV Gazeta

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