Céu rosa protagoniza espetáculo na madrugada de BH e arranca suspiros

© Larissa Ricci/EM/D.A Pres Vista do bairro Serra, na madrugada desta sexta-feira (28/01)

Para aqueles que acordam cedo – ou viram a noite – um verdadeiro espetáculo de cores pôde ser observado no céu belo-horizontino na madrugada desta sexta-feira (28/1). Por volta das 4h, ainda nas primeiras horas do dia, o céu foi tomado por fortes tonalidades de rosa.

A cena vibrante, apesar do horário, não se tratava do amanhecer do dia. Partículas de poluição e poeira do vulcão de Tonga, no Pácifico Sul, que entrou em erupção no último dia 15, chegaram à América do Sul e proporcionaram o clarão incomum no céu. Mais cedo, o fenômeno também foi observado no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.

“O fenômeno pode ocorrer no início da manhã e também no final da tarde por causa do ângulo de inclinação do sol. Se realmente existir a poeira, ocorre o espalhamento da radiação solar entre as cores amarela e vermelha”, explica Ruibran dos Reis, meteorologista do Climatempo.  Nas redes sociais, a paisagem da madrugada rendeu publicações e comentários curiosos.  “O aspecto vermelho no céu é um fenômeno óptico resultante da interação da radiação solar com partículas sólidas muito pequenas, praticamente imperceptíveis (poeira), em suspensão na atmosfera. Normalmente ocorre após muitos dias sem chuva, sendo mais comum nos meses de inverno (ou durante a estação seca)”, diz a meteorologista do Inmet, Anete Fernandes

E se você perdeu o “espetáculo”, talvez tenha uma nova chance. A expectativa dos meteorologistas é que a cena se repita pelos próximos dias em boa parte do país.

Erupção vulcânica 

O vulcão submarino Hunga Tonga-Hunga Ha’apai, de Tonga, fica localizado a cerca de 13 mil quilômetros do território brasileiro. Sua erupção, que superou a força de uma bomba atômica, provocou uma tsunami no sul do Pacífico com ondas de até 15 metros.  “Como, nesta madrugada, o fenômeno foi visto em várias localidades de diferentes estados, especula-se que as partículas sólidas (cinza/poeira) sejam oriundas da erupção vulcânica em Tonga (Oceania), transportadas pelos ventos. Após análise de imagens de satélite, por profissionais do INMET e INPE, não se pode confirmar se realmente foram causadas pelas cinzas do Tonga. As cinzas/poeiras podem ser tão finas e dispersas que não aparecem claramente nas imagens de satélite”, explica Anete.

O episódio fez com que países como os Estados Unidos, Chile e Japão entrassem em alerta. Nos EUA, inundações foram registradas no estado da Califórnia.

Fonte: Jornal Estado de Minas

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