Dr. Laércio e Fabrício inauguram quiosque [L]Aço em João Monlevade

Centro de memória participativo está na Praça do Povo e integra Festival Brasil-Luxemburgo

A tarde da última quarta-feira (9) foi de grande festa em João Monlevade com a inauguração oficial do quiosque [L]Aço, pelo prefeito Dr. Laércio Ribeiro (PT), o vice Fabrício Lopes (Avante) e representantes da Embaixada do Grão Ducado de Luxemburgo. O quiosque foi montado na Praça do Povo e fica aberto para visitação até o mês de outubro. O funcionamento da estrutura integra as atividades do Festival Multicultural Brasil-Luxemburgo. O evento tem apoio e produção da Fundação Casa de Cultura.

No contêiner, o público e, em especial os monlevadenses, pode conhecer um pouco mais da história da trajetória dos imigrantes que chegaram em João Monlevade no início do Século XX para trabalharem na antiga usina da Belgo Mineira (hoje Arcelor Mittal). A narrativa é retratada no documentário “A Colônia Luxemburguesa”, realizado pela historiadora e cineasta luxemburguesa Dominique Santana. Todo o filme é interativo e também exibido numa estrutura semelhante à de João Monlevade, montada em Esch-Sur-Alzette, segunda maior cidade de Luxemburgo. O instrumento cultural participativo une as cidades co-irmãs.

A diretora-presidente da Casa de Cultura, Nadja Lírio Furtado, abriu o evento, destacando a importância do resgate cultural da história luxemburguesa para João Monlevade. Ela também fez a ponte na tradução do discurso do prefeito de Esch, George Mischo. Ele e a cineasta Dominique Santana, participaram da inauguração quiosque [L]Aço por meio de uma transmissão online, em tempo real. Por um telão, os dois disseram estar felizes e ansiosos para encontrarem os monlevadenses. O prefeito destacou ainda que está em andamento um projeto para que as cidades de João Monlevade e Esch-Sur-Alzette sejam consideradas irmãs.

Em seu pronunciamento, o cônsul representante da Embaixada do Grão-Ducado de Luxemburgo, Charles Schmit, fez questão de frisar que o evento é “a celebração de todos os laços e semelhanças. Laços de aço e laços de amizade que ligam Luxemburgo e o Brasil e afirmam nossa história comum. Estou convencido que essa celebração, que fica no marco de Esch22, capital europeia da cultura este ano, vai fortalecer no futuro que nos une”, destacou.

O vice-prefeito de João Monlevade e secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Fabrício Lopes, reforçou as palavras do cônsul e acrescentou a importância das relações entre o município e a cidade luxemburguesa. “É um grande passo para colocar João Monlevade em lugar de destaque mundial. É um marco histórico e de um novo tempo. Vamos juntos estreitar ainda mais os nossos laços”, discursou.
Já o prefeito Dr. Laércio Ribeiro enfatizou a importância do respeito e preservação da memória histórica de João Monlevade. “Nossas origens e passado são fatores fundamentais para compreendermos nosso presente e projetarmos um futuro melhor para todos”, disse o chefe do Executivo que completou: “é muito importante que tornemos mais fortes os laços que nos unem à Luxemburgo, terra natal de empreendedores que foram essenciais para o surgimento de nossa cidade e no que ela se tornou hoje, um polo regional em diversos setores, como o comercial, educacional, industrial, hospitalar e de serviços, além de ser uma referência mundial no setor siderúrgico”. Finalizando, Dr. Laércio reafirmou o compromisso de manter relações ainda mais sólidas com o país europeu, com destaque para questões econômicas e comerciais.

Após, de maneira simbólica, Dr. Laércio e o cônsul Charles Schmit, fizeram o corte da fita inaugural do quiosque L[AÇO]. Em seguida, a comitiva visitou a Prefeitura de João Monlevade, onde o chefe do Executivo foi agraciado com a chave simbólica da cidade de Esch-Sur-Alzette. O prefeito da cidade co-irmã também receberá nos próximos dias uma chave do município de João Monlevade.

Presenças

Personagens importantes do documentário luxemburgueses fizeram questão de participar da inauguração do quiosque [L]Aço. Um deles é o senhor Messias Magalhães, 90 anos, que trabalhou por mais de duas décadas no antigo Cassino e a senhora Neli Cekiera, 96 anos. Ela, que foi casada com o polonês Wladyslaw Cekiera, mora há anos no bairro que antigamente era ocupado só por luxemburgueses e, por isso, acompanhou de perto a chegada dos europeus em solo monlevadense e a contribuição deles no desenvolvimento da cidade.

Artistas

O lançamento do festival Brasil-Luxemburgo contou com exposição dos artistas plásticos monlevadenses Afonso Torres, Alexsandra Margarida, Mateus Xavier, Wanda Loureiro e também de Joanna Scharlé, neta de Eugênia Scharlé que dá nome à Escola Municipal localizada no bairro Vila Tanque. O grupo Tambores do Morro também fez uma bela apresentação ao público.

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