“Conexões Monlevadenses” reúne artistas da cidade com trajetórias de sucesso em outros locais

Projeto faz parte das comemorações de aniversário de Monlevade e será transmitido na quarta-feira (27) pelo canal da Casa de Cultura no Youtube

Uma doutoranda em música atuante no Estado de São Paulo; um cantor e musicoterapeuta que vive na Itália; um ator teatral e um designer gráfico residentes em Belo Horizonte. Essas quatro personagens, que têm em comum o fato de serem artistas nascidos em João Monlevade, estarão na primeira edição do projeto Conexões Monlevadenses na quarta-feira (27), às 20 horas, no canal da Fundação Casa de Cultura no Youtube.

Os quatro artistas citados, reunidos no bate-papo online que integra a programação comemorativa dos 58 anos de João Monlevade, são Lucilene Silva, residente em Carapicuíba (SP); Toni Júlio, morador de Milão (Itália); Renato Milani e Rômulo Garcias, ambos vivendo na capital mineira. A mediação é da diretora-presidente da Fundação Casa de Cultura, Nadja Lírio Furtado.

A proposta do projeto é levar ao público histórias de pessoas que nasceram em João Monlevade e construíram sólidas trajetórias artísticas em outras localidades, discutir suas iniciativas e refletir sobre políticas de cultura e demandas contemporâneas. Trata-se, assim, de valorizar os talentos com raízes locais e destacar a importância de fortalecer conexões culturais para além dos limites do município.

Caminhos musicais

Autora do livro “Eu vi as três meninas, música tradicional da infância na Aldeia de Carapicuíba”, agraciado em 2015 com o prêmio IPHAN de Salvaguarda do Patrimônio Imaterial, Lucilene Silva, deixou João Monlevade há quase 30 anos: em 1995. Mestre e doutoranda em música pela Unicamp, ela desenvolve desde 1998 pesquisa e documentação de cultura infantil e música da infância no Brasil, outros países da América Latina e Europa. É coordenadora da Oca Escola Cultural.

Toni Júlio, que, como Lucilene, integrou o Coral Monlevade, mora na Itália desde 1993. Em Milão, além de cantar com seu trio Brasuka, atua com musicoterapia e dançaterapia, áreas em que se graduou. Há mais de 15 anos trabalha em um centro de recuperação de dependentes químicos, com a realização de laboratórios musicais e de movimento. Em 2020 recebeu o prêmio internacional Focus Brasil Awards pela divulgação de música brasileira em território italiano.

Teatro e desenho

Teatro é o campo de ação de Renato Milani. Mesmo antes de se mudar para Belo Horizonte já atuava como ator. Na capital mineira, criou a Deu Palla Companhia de Arte, grupo de grande relevância em Minas Gerais, no Brasil por 22 anos. Dono da produtora RM Produção, o artista é também diretor teatral e professor de Teatro em Contagem, na Grande BH.

Designer gráfico e ilustrador, Rômulo Garcias mudou-se para BH em 1986. Formado pela Escola Guignard e pela Fundação Mineira de Educação Artística, ele diz que há 40 anos vive de riscos e rabiscos e se diverte com o que faz. É autor do livro-objeto “Clandestino”, poesia e imagens (2012) da tirinha “Tia Geralda, a morte e o gato” (2018) e de “NÃOTÁOKEY” (2019), entre outros trabalhos.

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