‘Tenho pensado bastante. O estádio próprio te dá muita receita’, disse o Fenômeno
Dias após assinar o contrato de compra de 90% das ações da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Cruzeiro, Ronaldo pensa em novas receitas para o clube. E uma delas é a exploração comercial do estádio. Com a impossibilidade de se fazer isso no Mineirão, o Fenômeno cogita a construção de uma arena para a Raposa em “um futuro próximo”.
A declaração foi dada em uma live nesta segunda-feira, em resposta a um torcedor que pediu no chat para reduzir os preços dos ingressos, pois acredita que os valores estão salgados.
“Pode ter certeza que já está no mínimo aceitável. O nosso problema é de não ter um estádio. Se tivéssemos um estádio, com certeza os ingressos poderiam ser mais baixos. Mas o Mineirão está longe de ser uma operação barata, então é muito difícil a gente baixar esse preço do ingresso. Já um preço abaixo da média brasileira. É um preço que a gente entende ser justo”, iniciou.
“Se tivéssemos um estádio, muito provavelmente a história seria outra, o custo de operação seria outro. Mas, por enquanto, nós estamos na mão do Mineirão e, eventualmente, do Independência”, acrescentou.
“Mas é uma coisa que tenho pensado muito. É uma coisa que vocês poderão me ajudar muito também aqui no chat pra gente evoluir neste aspecto. Será que vale a pena a gente começar a pensar, em um futuro próximo, a gente construir o nosso estádio, operar o nosso estádio e comercializar o nosso estádio. Virar um local importante em Belo Horizonte. A gente tem que analisar isso”, completou.
Comprar o Mineirão?
Outro torcedor questionou Ronaldo se, ao invés de construir do zero um estádio, ele comprasse o Mineirão, que pertence ao governo de Minas e foi concedido à Minas Arena. Em 2010, o consórcio fechou um acordo com o estado para administrar o Gigante da Pampulha até 2037.
“Comprar o Mineirão dificilmente aconteceria. Logicamente, essa negociação está longe de acontecer. É um ano eleitoral também. Dificilmente vamos ter essa agenda positiva para discutir isso. O consórcio que está no Mineirão também tem um período longo a ser cumprido, não sei exatamente quanto tempo”, declarou Ronaldo.
Para bancar as reformas no estádio para a Copa do Mundo de 2014, a Minas Arena desembolsou R$ 666 milhões em uma Parceria Público Privada (PPP). Em contrapartida, recebe mensalmente um repasse do governo estadual.
“Não sei se há a possibilidade de o Estado reaver o estádio para abrir uma negociação. O fato é que, com o consórcio, é muito difícil essa negociação, eles já têm uma parcela fixa do Estado, independente do uso por parte dos clubes. Para eles é muito cômodo”, frisou o Fenômeno, que revelou que a construção de um estádio próprio está mexendo com a sua cabeça.
“Enfim, está mexendo com a minha cabeça. Tenho pensado bastante. O estádio próprio te dá muita receita. Você poder comercializar o estádio, não só em dia de jogo, mas várias salas, eventos. Isso é receita direta. No Mineirão, a gente não pode fazer isso. É complicado”, finalizou