Órgãos públicos de Minas Gerais começaram a discutir, nesta quinta-feira (5), o projeto-piloto que visa a instalação de câmeras nas fardas dos policiais militares do estado. A previsão é que os equipamentos sejam utilizados a partir de outubro deste ano.
A proposta ainda contempla o uso de armas de impulso elétrico, que são pistolas de choque de menor potencial ofensivo, conhecida como taser.
Participaram da reunião na Procuradoria-Geral de Justiça, em Belo Horizonte, representantes do Ministério Público de Minas Gerais e da Polícia Militar.
Em 2021, o MP aprovou R$4,2 milhões para os dispositivos de filmagem. O objetivo é que os militares sejam treinados para o uso dos equipamentos e, caso os resultados sejam positivos, o projeto deve ser ampliado para todo o efetivo da corporação.
“O uso das câmeras, em conjunto com os outros equipamentos, irá produzir maior segurança para o trabalho policial e trazer maior transparência para a ação. E o projeto-piloto nos dará condições de avaliar o funcionamento e de desenhar o melhor uso desses equipamentos”, afirmou o chefe do Estado-Maior, coronel Eduardo Felisberto Alves.
Segundo o promotor de Justiça Francisco Angelo Silva Assis, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos e de Controle Externo da Atividade Policial, até o final do ano os órgãos devem apresentar um relatório sobre os testes.
“Esperamos para este ano já ter resultados sobre o uso desses equipamentos, tanto para a proteção do policial – que terá como melhor fundamentar suas intervenções, evitando o uso de arma de fogo em certos casos – quanto para o cidadão, que terá mais um elemento de proteção”, disse.