MÊS DAS PRETAS:
O nome dela é Juliana Barbosa Nascimento,de 39 anos, solteira, e está radiante a espera de um lindo milagre de Deus. Membra da Pastoral Afro,trabalhou como voluntária em projetos sociais ligados à igreja católica por meio da Cáritas Diocesana no município, entre outros trabalhos que foi exercendo ao longo da vida. Atualmente está como monitora de Pessoas Com Deficiência (PCD) e ama o que faz.
” Amo a mulher que me tornei.” Porque tive em minha vida uma mãe que foi chata e uma avó que me ensinou a caminhar junto com ela e graças a elas sou o que sou hoje.
Tudo que conquistei vou com muita luta ,porque já crescemos com a frase na cabeça. ” Você tem que ser forte porque a sua cor vai chegar primeiro do que você.”
Como toda criança preta que naquela época não tinha muita instrução mas já sabia que tudo pra ela séria diferente, a discriminação o preconceito deu lugar solidão da mulher negra em se esconder de tudo.
E quanto choro quando ouvia alguma outra criança chamando de crioula, macaca e na adolescência não foi diferente. Até que um dia participando de encontros na igreja com vovó Perpétua fui conhecendo e aprofundando sobre as questões da povo africano onde descobri que faço parte dessa cultura e me apaixonei. Claro que sofri muita discriminação que marca a gente se fosse contar o espaço seria pouco. Sei que ainda vou sofrer ,só que agora com uma diferença; eu sou conhecedora do meu lugar sendo onde eu quiser ocupar.
“Seja a mulher negra que levanta a autoestima de outra preta. “
“Quando uma cai a outra levanta.”
*Associação Monlevadense de Afrodescendentes (AMAD)