A agência reguladora de medicamentos e alimentos nos Estados Unidos, (FDA, na tradução para U.S. Food and Drug Administration), concedeu uma aprovação acelerada para um novo medicamento no tratamento da doença de Alzheimer. O Leqembi (lecanemab-irmb) visa a fisiopatologia fundamental da doença.
O Alzheimer é um distúrbio cerebral irreversível e progressivo que destrói lentamente a memória e as habilidades de pensamento e, eventualmente, a capacidade de realizar tarefas simples.
Embora as causas específicas da doença não sejam totalmente conhecidas, ela é caracterizada por alterações no cérebro – incluindo placas beta-amilóides e emaranhados neurofibrilares, ou tau – que resultam na perda de neurônios e suas conexões. Essas mudanças afetam a capacidade de uma pessoa de lembrar e pensar.
No Brasil, cerca de 1,2 milhão de pessoas vivem com alguma forma de demência e 100 mil novos casos são diagnosticados por ano, de acordo com o Ministério da Saúde. Em todo o mundo, o número chega a 50 milhões de pessoas.
Este é o segundo medicamento em aprovação acelerada de uma nova categoria para o Alzheimer. De acordo com Billy Dunn, diretor do Escritório de Neurociência do Centro de Avaliação e Pesquisa de Medicamentos da FDA, o Leqembi é um avanço no tratamento.
“A doença de Alzheimer incapacita imensamente a vida daqueles que a sofrem e têm efeitos devastadores sobre seus entes queridos. Esta opção de tratamento é a terapia mais recente para atingir e afetar o processo subjacente da doença de Alzheimer, em vez de tratar apenas os sintomas da doença”, ressalta.