Uma criança, de dois anos, está em estado grave após ter sido supostamente agredida na cabeça e no rosto neste domingo (08). O menino foi levado ao Hospital João 23, no centro de Belo Horizonte, pelo pai e pela madrasta.
Segundo uma médica que atendeu a criança, ele teria chegado inconsciente e com ferimentos diversos. A médica desconfiou da versão apresentada pelo pai e a madrasta e acionou a Polícia Militar.
Segundo a madrasta da criança, o menino teria caído na cozinha e batido a cabeça. Ela contou que observou uma lesão na testa e uma vermelhidão nas costas e teria dado remédios ao menino após ele vomitar duas vezes. Ainda segundo a madrasta, o pai teria dado um banho no menino e ele teria brincado e dormido normalmente.
A madrasta ainda informou aos policiais que teria ido dormir após alimentar as crianças e que o menino teria ficado assistindo desenhos animados no celular. Segundo ela, quando voltou, o menino estava com um ferimento na boca, que ela não sabe dizer como aconteceu.
De acordo com o pai da criança, ele teria saído de casa para trabalhar, quando recebeu uma mensagem da namorada dizendo que a criança não estava bem. Quando ele chegou em casa, por volta das 03h00, de domingo, ele encontrou o filho desacordado no sofá da sala. Ao perguntar para a namorada sobre o que teria acontecido, ela contou que o menino teria vomitado e ela teria medicado a criança. O casal levou o menino, então, para o Hospital Risoleta Neves, na região norte da capital mineira.
A mãe do menino contou aos policiais que a criança estava na casa do pai desde o réveillon. Segundo ela, o menino chorou e não queria ir para a casa do pai, onde fica durante os fins de semana. Ela aguardava o retorno do filho quando foi informada que o menino havia dado entrada na unidade de saúde.
A criança teria sofrido ao menos duas paradas cardiorrespiratórias e o estado de saúde é grave. Diante do depoimento da médica e da mãe da criança, o pai e a madrasta foram encaminhados até a Delegacia para prestarem esclarecimentos.
A Polícia Civil de Minas Gerais informou que “a autoridade policial ratificou a prisão em flagrante da mulher, de 34 anos, e do homem, de 31 anos, por omissão de socorro qualificada, e eles foram encaminhados ao sistema prisional.”