A Polícia Federal desmentiu, na noite desta segunda-feira (10), o boato de que uma senhora que havia sido presa no QG do Exército em Brasília, tenha morrido nas dependências da Academia Nacional de Polícia, para onde foram levados os 1.200 detidos na ação. A informação falsa vinha sendo espalhada nas redes sociais e chegou a ser difundida até mesmo por políticos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como a deputada federal Bia Kicis (PL-DF).
“A Polícia Federal informa que é falsa a informação de que uma mulher idosa teria morrido na data de hoje (9/1) nas dependências da Academia Nacional de Polícia”, afirmou a corporação.
A notícia foi inicialmente divulgada por pessoas que faziam live dentro do espaço para os presos. Contudo, apenas atendimentos médicos foram realizados em razão de oito pessoas que se sentiram mal. Um desses atendimentos acontecia no momento em que pessoas com celulares no local passaram a filmar e espalhar a informação falsa.
No plenário da Câmara, a deputada Bia Kicis chegou a confirmar a informação da morte, dizendo que teria recebido a confirmação da Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal (OAB-DF). Depois, porém, pediu desculpas dizendo que se confundiu e que recebeu uma ligação do presidente da OAB no Distrito Federal desmentindo a informação. Kicis passou a dizer que a notícia falsa teria partido da Ordem dos Advogados Conservadores do Brasil (OACB).
Nas redes sociais, a imagem da idosa que teria morrido é, na verdade, facilmente encontrada em bancos de imagem. Trata-se de uma atriz que empresta o rosto a campanhas publicitárias e outros materiais de divulgação.