Oito pessoas, incluindo policiais civis, servidores públicos e despachantes, são investigadas por suspeita crimes contra a administração pública em Ipatinga, no Vale do Aço. Segundo as investigações iniciais, os envolvidos participavam de um esquema de clonagem e venda de veículos roubados como se fossem “zero KM”.
A operação “Ponto Final”, realizada na última terça-feira (7) pela Polícia Civil em conjunto com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), descobriu o esquema criminoso que utilizava da posição privilegiada dos envolvidos para legalização de veículos de luxo roubados, entre abril e maio de 2022.
Conforme a denúncia, o grupo adquiria o carro roubado, apagava os sinais de identificação e, com a confecção de novas placas, pelos denunciados, o processo de “clonagem” ficava completo.
Após as adulterações, os veículos eram vendidos como se fossem originais. A investigação teve início quando um carro clonado foi apreendido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em agosto de 2022, no município de Balsas, no Maranhão. O condutor alegou ter adquirido o veículo “de boa-fé”.
Os denunciados responderão por diversos crimes, entre eles, de receptação qualificada, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistema de informações e violação do sigilo funcional e falsidade ideológica.
O MPMG pede ainda que os suspeitos sejam condenados solidariamente a pagar R$ 200 mil para reparar os danos causados.
Em nota, a Polícia Civil informou apenas que a operação “Ponto Final” cumpriu “25 mandados de busca e apreensão e três ordens de prisão preventiva decorrentes de investigações relacionadas a fraudes ocorridas na Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) em Ipatinga”.