Família de piloto que morreu em acidente indenizou os danos em casas

Aeronave atingiu casas após não conseguir pousar no aeroporto Carlos Prates — Foto: CBMMG/Dvulgação

A família do piloto José Luiz de Oliveira Filho, de 66 anos, que morreu após acidente aéreo no último dia 11 no bairro Jardim Montanhês, região Noroeste de Belo Horizonte, já arcou com os custos para reparar os danos sofridos em pelo menos quatro residências onde a aeronave caiu. As conversas e o processo de indenização foram feitos pela mulher do piloto, que é advogada.

Além dos valores referentes aos danos materiais dos imóveis, a família do piloto, que atuava como oftalmologista em Governadores Valadares, no Vale do Rio Doce, também pagou alguns valores a mais como forma de “auxílio” às pessoas atingidas pelo acidente. Os reparos ainda são feitos nos imóveis.

“Já resolvemos tudo e demos total assistência”, disse um familiar do médico à reportagem. “Tudo está sendo encaminhado para resolver. É um processo lento, mas vai dar tudo certo. Os reparos devem começar em breve”, revela a aposentada Neuza Cabral, moradora de uma das casas atingidas pela queda da aeronave.

As homenagens ao médico José Luiz de Oliveira Filho continuam nas redes sociais de familiares. Nos últimos dias, uma das filhas do piloto comentou pela primeira vez sobre a perda do pai e pediu orações à irmã Jéssica Oliveira, de 33 anos, que está internada no hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte. “De uma hora para outra , perdi meu querido pai em um trágico acidente aéreo. Conversamos pela manhã e estava todo animado para chegar aqui em casa e ver os netinhos. Meu pai era aquele cara que todo mundo queria ter por perto. Um homem de bem, engraçado e animado, sempre alegre e com um sorriso no rosto. Seus pacientes eram apaixonados por ele. Foi um pai presente e amoroso e era nosso Porto Seguro. Mas a vida é um mistério… tem coisas que simplesmente acontecem. Deus as vezes tem planos que não coincidem com os nossos”, publicou.

Segundo a filha do piloto, o pai e a irmã dela passaram a semana anterior ao acidente juntos. “Ele passou essa semana juntinho da minha irmã, ela veio para Governador Valadares ficar com ele. Eles pedalaram na ilha, tomaram vinho, dançaram, riram, choraram, conversaram muitas coisas que precisavam, foram pra fazenda ficar com nossa família e não se desgrudaram. Tenho certeza que foi uma despedida. Aliás, nessa última semana ele estava sereno, emotivo e falando ‘te amo’, para todos aqueles que ele amava. Conversamos todos os dias por vídeo… Parece que estava mesmo se despedindo”, disse.

O Tempo

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