Hospital Federal no Rio tem 92 pacientes fantasmas, diz ex-secretário de saúde

Leitos do Hospital Federal da Lagoa Reprodução/Redes Sociais

Hospital da Lagoa tem leitos que estão vazios, mas que constam como ocupados no sistema de regulação

O deputado federal e ex-secretário municipal de saúde do Rio denuncia que o Hospital Federal da Lagoa, na Zona Sul do Rio, tem 92 pacientes fantasmas, ou seja, leitos que estão vazios, mas que constam como ocupados no sistema de regulação.

No censo hospitalar público da Secretaria Municipal de Saúde do Rio, a unidade aparece com 78% de taxa de ocupação. No entanto, a real taxa é de 41%, segundo Soranz. A declaração foi feita após uma vistoria do parlamentar em unidades da rede federal neste fim de semana.
De acordo com o que foi divulgado nas redes sociais pelo ex-secretário, no Hospital da Lagoa, as portas dos quartos estavam lacradas, com cadeados.

Segundo ele, andares inteiros estavam praticamente vazios. O deputado diz que alguns atrasos na atualização da situação dos leitos podem existir, mas não é o caso.

A comitiva do deputado também esteve no Hospital Federal Cardoso Fontes, na Zona Oeste, e no Hospital Federal de Bonsucesso, na Zona Norte.

Neste domingo (16), também houve vistoria no Hospital Federal do Andaraí, na Zona Norte, que está com a obra da cozinha completamente parada. Segundo o ex-secretário, o custo mensal para transportar comida para a unidade é de um milhão e meio de reais.

Soranz também compartilhou fotos do abandono do local. Além disso, uma família pediu ajuda à comissão dele já que estavam esperando há horas algum médico registrar o óbito de um paciente que faleceu na unidade.

A unidade não tem diretor nomeado. A equipe de Daniel Soranz disse que não encontrou nenhum responsável pelo local.

O Ministério da Saúde afirma que a falta de pessoal é o principal problema para a regulação das unidades. De acordo com a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Rio, há 13 anos não é realizado concurso para vagas na saúde federal no estado. Em agenda no Rio de Janeiro na última semana, a ministra Nísia Trindade disse que a prioridade da pasta é a contratação de pessoal e reestruturação das unidades.

Sobre as denúncias do deputado federal Daniel Soranz, a reportagem aguarda um posicionamento do Ministério da Saúde.

Band News

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