Cruzeiro: investidores veem mudança no estatuto como fundamental para a SAF

Conselheiros do Cruzeiro discutem mudança na SAF — Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro

Acionista majoritário terá maior retorno que o clube associativo, além de equacionar a relação receita e pagamento das dívidas antigas.

Em encontro realizado na noite dessa segunda-feira (29), no clube poliesportivo do Barro Preto, os conselheiros do Cruzeiro tiraram suas dúvidas sobre o processo de transformação do clube em SAF com os players que vêm conduzindo essa transformação, a XP Investimentos, Ernst & Young e Alvarez & Marsal. Uma das deliberações foi relacionada à porcentagem de venda das ações da SAF Cruzeiro. Os agentes buscam aumentar a fatia que hoje está dividida em 51% para o time estrelado e 49% para um potencial investidor.

O Super.FC apurou com pessoas presentes no encontro, alguns dos pontos que foram discutidos, dentre eles transformar o investidor em sócio majoritário, aumentando o porcentual. Para tanto, o primeiro ponto seria mudar o estatuto do clube. Os investidores querem que isso mude, que haja uma reforma estatutária para aumentarem essa situação.

Eles alegam duas coisas, a primeira: querem ter mais retorno financeiro que o clube associativo, que ficaria com 51% nos moldes originais. A segunda é sobre os números. Alegam que 20% da receita do clube terá que ser destinada ao pagamento de dívida nos próximos dez anos, conforme a lei da SAF. Isso significa que eles teriam direito a 49% de 80% do valor do clube. Desta forma, um acionista dentro dos moldes atuais propostos pelo Cruzeiro embolsariam cerca de 39% do valor total. Então, precisariam de fato aumentar o número do percentual.

Os conselheiros, na reunião, mostraram-se dispostos a mudar esta distribuição. No entanto, a reforma precisa ser votada ainda em reunião extraordinária ainda a ser marcada. Ainda segundo a apuração do Super.FC, os players informaram aos conselheiros que o Cruzeiro ainda não recebeu nem uma proposta sequer de investidores para a SAF. Há alguns interessados, que estão conversando sobre o caso e aguardam a mudança no Estatuto.

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