Ministério Público recomenda banimento de torcidas organizadas

Ofício pede que Galoucura e Máfia Azul não frequentem estádios no país por um ano; camisas e cânticos também estão barrados

O Ministério Público de Minas Gerais recomendou nesta terça-feira (15) o banimento dos estádios das duas das maiores torcidas organizadas do Estado, a Galoucura e a Máfia Azul. A recomendação pede, além do banimento, para que a Federação Mineira e a Confederação Brasileira de Futebol impeçam a entrada de camisa, e até de cânticos, que façam referência às organizadas.

De acordo com o ofício encaminhado para as torcidas, ela devem ficar a pelo menos cinco quilômetros  de distância dos estádios onde houver jogos. A recomendação vale para jogos de Atlético e Cruzeiro em casa e como visitantes em qualquer Estado do país. As organizadas devem se ausentar das arquibancadas por um ano.

 Para as federações, o Ministério recomenda a proibição de entrada de torcedores com a camisa da Galoucura ou Máfia Azul. Faixas, bandeiras, instrumentos musicais ou qualquer outro objeto que remeta às organizadas devem ser proibidos, assim como cânticos que as mencionem.

Segundo o promotor de justiça Fernando Ferreira de Abreu, as duas torcidas organizadas “não cumprem com sua finalidade associativa e proporcionam cenas de violência pública, em uma escalada de violência acentuada pelos eventos recentes, tendo um deles culminado na morte de um dos envolvidos e no ferimento de um transeunte, ambos atingidos por arma de fogo”.

Em caso de não cumprimento, o Ministério Público pode entrar com uma ação civil na Justiça. O jornalismo da Record aguarda retorno da Federação Mineira e da Confederação Brasileira de Futebol, além das organizadas, sobre o recebimento do ofício.

Violência no clássico

O primeiro clássico do ano entre Atlético e Cruzeiro, no dia 6 de março, foi marcado pela violência fora dos estádios. O jogo válido pelo Campeonato Mineiro aconteceu no Mineirão, mas horas antes uma briga de torcidas deixou um morto na região Leste de Belo Horizonte. Rodrigo Marlon Caetano Andrade de 25 anos, integrante da Máfia Azul, foi atingido no abdômen e não resistiu aos ferimentos. Um motociclista que passava pelo local também foi baleado e ficou ferido. Na época o Ministério Público prometeu acompanhar o caso. O jornalismo da Record aguarda retorno da Polícia Civil sobre a investigação.

 

 

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