Fiocruz alerta para crescimento de casos de Covid-19 em quatro Estados

Em meio aos indicativos de uma onda da Covid-19, sob impacto da variante BQ1 – derivada ômicron -, o boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que quatro Estados do Brasil já estão com crescimento de novos casos da doença. O estudo, divulgado nesta quinta-feira (10), informou que Amazonas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo estão com tendência de alta nos índices de contaminação para as próximas semanas.

Conforme a Fiocruz, não há indicativo de associação da maior transmissão à circulação de novas variantes. Nos quatro Estados citados, o sinal é mais claro nas faixas etárias a partir de 18 anos até o momento. A exceção é o Rio Grande do Sul, que apresenta essa tendência apenas nas faixas etárias a partir de 60 anos. “Como os dados laboratoriais demoram mais a entrar no sistema, é esperado que os números de casos das semanas recentes sejam maiores do que o observado nesta atualização, podendo inclusive aumentar o número de estados em tal situação”, explica o pesquisador da Fiocruz e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes.

O cientista destaca, ainda, que a hipótese de uma sazonalidade da Covid-19 com dois picos anuais se torna mais provável se o cenário de algumas unidades federativas se traduzir em outro ciclo de aumento expressivo. “Diferente do Influenza e outros vírus respiratórios com tipicamente um pico por ano, a Covid-19 pode estar se encaminhando para uma realidade na qual a gente tenha que conviver com dois momentos do aumento da sua circulação”, reforça Gomes.

A análise aponta para a retomada do crescimento dos casos positivos para Sars-CoV-2. Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 14,8% para influenza A; 0,5% para influenza B; 26,1% para vírus sincicial respiratório (VSR); e 36,9% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 10,4% para influenza A; 0,0% para influenza B; 0,0% para VSR; e 74,6% Sars-CoV-2 (Covid-19).

No cenário geral, a atualização mostra estabilidade dos casos de SRAG na tendência de curto prazo (últimas três semanas) e queda na tendência de longo prazo (últimas seis semanas), com sinal de interrupção do crescimento na faixa etária de 0 a 4 anos que se observou ao longo do mês de outubro.

O Tempo 

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