Levantamentos realizados pelo colegiado reforçam a importância de investimentos voltados à universalização do saneamento

Um levantamento recente realizado pelos Comitês integrantes da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, a partir da atualização do Plano Integrado de Recursos Hídricos da bacia (PIRH-Doce), mostrou que a baixa cobertura dos serviços de saneamento básico ainda é um dos principais gargalos à recuperação ambiental do território da bacia. Atualmente, apenas 8,3% dos cerca de 295 milhões de metros cúbicos de efluentes coletados nos 228 municípios da bacia são tratados e, todos os anos, mais de 270 milhões de metros cúbicos são lançados sem tratamento nos cursos d’água. As redes coletoras de esgoto alcançam apenas 23,5% da população, deixando mais de 2,8 milhões de pessoas sem acesso a esse serviço.
Pensando nisso, os Comitês integrantes da Bacia Hidrográfica do Rio Doce estão investindo R$ 106 milhões em projetos e obras para ampliar os sistemas de coleta e tratamento de esgoto e abastecimento de água potável. Por meio do programa Protatar, cujo edital se encontra aberto, os municípios já podem pleitear os recursos. “É um passo histórico e significativo para nós que cuidamos das águas. Os nossos comitês têm legado e um trabalho que tem deixado marcas positivas na bacia. Já destinamos um montante representativo dos recursos oriundos da cobrança para que os municípios possam avançar mais na promoção do saneamento com a execução de obras e projetos de saneamento. Queremos continuar unindo esforços com as administrações municipais em favor de nossos rios.” destaca Flamínio Guerra, presidente do CBH-Doce.
Dos R$ 104 milhões que serão aportados pelos CBHs integrantes do Rio Doce para obras e projetos de saneamento, R$ 70 milhões serão destinados à execução de obras para melhorar e ampliar os sistemas de esgotamento sanitário e sistema de abastecimento de água. Já R$ 34 milhões estão sendo alocados em projetos para melhorar e otimizar os sistemas esgotamento sanitário e sistema de abastecimento de água, uma vez que há municípios que não possuem projetos elaborados
Além dos investimentos previstos, os Comitês, por meio do Programa de Universalização do Saneamento Básico, entregaram gratuitamente a 166 municípios o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) e estão investindo mais de R$ 5 milhões em ações estruturais de combate a redução de perdas de água nos sistemas de distribuição de água potável, utilizando a Inteligência Artificial. Além disso, foram investidos cerca de R$ 8 milhões em projetos de sistemas de esgotamento sanitário, beneficiando 23 municípios. Já o Programa de Incremento de disponibilidade Hídrica prevê o aporte de recursos na ordem de R$ 38 milhões para execução de intervenções estruturais nos mananciais de captação para abastecimento público urbano, com o objetivo de aumentar a segurança hídrica dos municípios em período de estiagem.

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