Mulher trans é morta pelo namorado em BH, e mãe do suspeito chama a polícia

Uma mulher de 33 anos foi assassinada, na madrugada desta quinta-feira (21), pelo companheiro com golpes de faca e uma pancada na cabeça. O crime aconteceu no bairro Mantiqueira, na região de Venda Nova, em Belo Horizonte. O homem, de 28 anos, confessou ter matado a namorada após ter sido encontrado com a roupa suja de sangue. A mãe dele foi quem acionou os policiais.

O casal matinha um relacionamento há dois anos e meio e moravam juntos. A motivação do crime segundo a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) foi ciúmes. Ela estaria supostamente traindo o companheiro com outro homem.

O sargento Fúlvio Mussolini, do Grupo Especializado em Prevenção Motorizada Ostensiva Rápida Patrulhamento (GEPMOR),  disse que não há indícios de que uma terceira pessoa esteve no local. “Acho que ele mentiu, chegou aqui, teve uma desavença com a vítima e cometeu o homicídio”.

O militar disse que o homem não demonstrou qualquer arrependimento. O autor do crime foi encontrado na casa da mãe, que mora no mesmo bairro.

Ela contou à reportagem que acionou a PMMG após o filho chegar na casa dela, por volta de 6h, com roupa suja de sangue, transtornado e falando para ela que matou a vítima.

“Eu disse pra ele: ‘Pra quê que você fez isso? Ela te amava tanto, ela é tão boazinha. Por que você matou? Não podia ter matado. Largasse ela lá e viesse embora'”,  narra dono Geralda Francisca dos Reis Barbosa, de 65 anos.

A sogra da vítima disse que esperou o filho entrar no banho para chamar a PM, porque também teve medo dele. Ela disse que o homem tentou enganar os policiais trocando de roupa, mas foi ela quem entregou aos militares as vestias cheias de sangue.

Segundo vizinhos ouvidos pela reportagem e pela PMMG, a vítima trabalhava como garota de programa. A sogra dela disse  que não sabia disso e que, ainda assim, adorava ela.

O casal tinha várias brigas  e, em nenhuma delas, foi registrado boletim de ocorrência. “Meu filho morria de ciúmes dela. Ele chegou a dizer para ela, na minha frente: ‘Se você me trair, eu te mato'”, narrou aos prantos a senhora.

“Eu estou mais triste pela morte dela do que pela prisão do meu filho, porque ele não deveria ter matado ela. Estou triste, moço. A vida, quem da, é só Deus. E só Ele pode tirar. Eu fiz o certo ao ter chamado a polícia para ele”.

O autor do assassinato tem várias passagens pela polícia, entre elas por tráfico e roubo. A mãe disse que ele tem retardo mental, asma e problema de audição.

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